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Morte de irmãs em Cunha (SP) pode ter sido por "prova de amor" de suspeito à namorada, diz polícia

A Polícia Civil de Guaratinguetá está à procura do principal suspeito pela morte das irmãs Josely Laurentino de Oliveira, 16 anos, e Juliana Vânia de Oliveira, 15 anos, assassinadas na última semana em Cunha (231 km de São Paulo). Ananias dos Santos, 26 anos, foragido da Justiça desde a saída temporária de Páscoa em 2009, e que ainda não se apresentou à polícia. Ele já é condenado por cometer roubos e formação de quadrilha.
Segundo a polícia, as investigações apontam que o principal suspeito teria cometido o assassinato de Josely e Juliana por prova de amor à namorada. Santos, que trabalhou na casa da família Oliveira, prestando serviços de manutenção, conhecia os pais das vítimas, segundo a delegada Seccional de Guaratinguetá, Sandra Maria Pinto Vergal.
A namorada de Santos, que não teve o nome revelado pela polícia, prestou depoimento ontem à tarde na Delegacia de Cunha. A Polícia Civil havia pedido a prisão temporária por suspeita de ela ter sido cúmplice do crime, mas a Justiça negou alegando ser testemunha do caso. Já ele teve a prisão decretada pelo Tribunal da Justiça.

  • Reprodução Josely e Juliana, irmãs assassinadas em Cunha (SP)
  • Divulgação Ananias dos Santos, suspeito de matar as irmãs, está foragido
Os depoimentos das testemunhas relatam que Santos estaria apaixonado por uma das irmãs e teria cometido o crime para demonstrar que não havia interesse algum na adolescente. “O crime pode ter sido motivado por ciúme e tudo indica que ele tenha contado com a ajuda de um cúmplice para matá-las e esconder os corpos na cidade. Ele é o principal suspeito, mas não o único”, disse.
Segundo o Tribunal da Justiça, a polícia chegou a pedir a quebra do sigilo telefônico das meninas, com o objetivo de localizá-las por meio do rastreamento de ligações feitas por seus celulares.
Ananias dos Santos é foragido do Pemano (Centro de Progressão Penitenciária Dr. Edgard Magalhães Noronha), de Tremembé. Ele cumpria pena em regime semiaberto desde 2008, por roubos e formação de quadrilha. Em março de 2009, quando teve a permissão para saída temporária de Páscoa, Santos não retornou à unidade.
As irmãs desapareceram no dia 23 de março e os corpos foram encontrados cinco dias depois pela Polícia Militar com ajuda de cães farejadores. Os corpos estavam em estado de decomposição. Elas foram mortas a tiros. Juliana foi morta com quatro tiros e Josely com um tiro no peito e outro na cabeça.

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