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Ataque da Otan mata pelo menos 13 na Líbia; explosões são ouvidas em Trípoli

Pelo menos 13 rebeldes foram mortos após ataque aéreo da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) nesta quinta-feira (7) a leste da região petrolífera de Brega, leste da Líbia, segundo fontes de hospitais locais e rebeldes. Médicos na cidade de Ajdabiya disseram à BBC que 13 integrantes das forças rebeldes que estavam próximos a um tanque foram mortos. A rede de televisão ""Al Arabiya" cita 50 rebeldes mortos.

"Eram aviões da Otan. Abriram fogo duas vezes contra um tanque e o explodiram", disse Ali Sahli, um rebelde líbio, à agência de notícias AFP.

Na capital líbia Trípoli, vários aviões foram vistos sobrevoando a cidade e foram ouvidas explosões nos subúrbios na parte leste da capital. Três explosões foram ouvidas no subúrbio de Salahedin. Ambulâncias foram mobilizadas na capital líbia. Não há informações se os aviões são das forças da Otan e quais foram os alvos bombardeados.

A última vez que aviões de combate das forças da coalizão lançaram bombardeios sobre Trípoli foi em 29 de março, dois dias antes que a Otan assumisse o comando das operações militares na Líbia.

Hillary rejeita carta de Gaddafi

Ontem, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, rejeitou um apelo pessoal de Gaddafi ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmando que o líder líbio deve impor um cessar-fogo, ordenar a retirada de suas forças e optar pelo exílio.

A Casa Branca confirmou que Gaddafi escreveu uma carta para Obama, mas não disse nada sobre seu conteúdo. O fato foi reportado inicialmente pela agência de notícias Associated Press, segundo a qual Gaddafi pediu a Obama por um cessar-fogo em uma mensagem desconexa de três páginas.

"Quanto à carta à qual você se refere, acho que o senhor Gaddafi sabe o que deve fazer", afirmou Hillary em uma coletiva de imprensa com o ministro de Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini.

"É preciso que haja um cessar-fogo, que suas forças se retirem das cidades tomadas à força com grande violência e à custa de vidas humanas. É preciso haver uma decisão sobre sua saída do poder e... sua saída da Líbia", disse Hillary a jornalistas.

"Não acho que exista algum mistério sobre o que se espera do senhor Gaddafi neste momento", acrescentou. "Quanto mais rápido ocorrer, e o derrame de sangue acabar, melhor será para todos".

Hillary também defendeu a performance de forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que estão realizando ataques aéreos para defender uma zona de exclusão aérea e proteger civis dos ataques de forças de Gaddafi em uma guerra civil entre o líder norte-africano e forças de oposição.

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