O governo brasileiro anunciou na noite de quinta-feira que fiscalizará com maior rigor a entrada de alimentos japoneses no Brasil depois que um terremoto seguido de tsunami devastou o nordeste do Japão e danificou uma usina nuclear no país asiático, provocando vazamento de material radioativo.
Segundo a nota técnic
"Produtos que apresentarem níveis de radionuclídeos acima dos limites permitidos pelo Codex Alimentarius (fórum internacional de normalização sobre alimentos) não serão disponibilizados ao mercado e serão devidamente descartados ou rechaçados ao Japão", informou a nota conjunta.
Em 11 de março, um forte terremoto de magnitude 9,0 e um tsunami atingiram o país, deixando mais de 20 mil mortos ou desaparecidos. O abalo sísmico danificou estradas, casas, fábricas e a infraestrutura do país, além de abalar as instalações da usina de Fukushima Daiichi, chamando a atenção das autoridades para o pior acidente nuclear desde a crise de Chernobyl, em 1986.
Além de fazer o monitoramento aleatório de amostras dos produtos que chegam ao país, o governo brasileiro anunciou que também intensificará a fiscalização de voos com passageiros vindos do Japão para garantir que não ingressem no Brasil com alimentos provenientes daquele país.
Como não há voos diretos do Japão para o Brasil, o governo esclareceu que em algumas escalas já está sendo realizado o monitoramento de passageiros. Avisos sonoros em aeronaves e salas de espera dos aeroportos reforçarão a orientação.
Na quarta-feira, o governo japonês pediu ao mundo que não impusesse restrições injustificáveis a seus produtos alimentícios.
O Japão informou à Organização Mundial do Comércio (OMC) que estava monitorando a contaminação radioativa para evitar um potencial risco à segurança dos alimentos e disse que iria fornecer à entidade dados precisos com rapidez.
Na nota técnica anunciada na quinta-feira, o governo brasileiro afirmou que o controle têm caráter eminentemente preventivo e que não há registro de alimentos importados do Japão após o acidente nuclear no país.
A exigência de declaração para importação será implementada a partir de segunda-feira, após a publicação no Diário Oficial.
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