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Bolsa cai 9,74% e quase aciona circuit breaker

São Paulo - O nervosismo se intensificou nesta tarde, com reflexos em todos os mercados domésticos. A Bolsa de Valores de São Paulo chegou bem perto dos 10% de queda, com os investidores em pânico depois do rebaixamento da nota dos Estados Unidos pela Standard & Poor's na sexta-feira à noite. Faltou pouco mais de 100 pontos para acionar o circuit breaker no pregão - na mínima, o Ibovespa desmoronou 9,74%, aos 47.793 pontos. Esse mecanismo é acionado no momento em que o índice perde 10%, paralisando os negócios, inicialmente, por 30 minutos. A última vez em que o circuit breaker foi acionado ocorreu em 22 de outubro de 2008, na crise financeira internacional. Naquele dia, o Ibovespa caiu 10,18% e fechou em 35.069 pontos.

No mercado futuro, onde não há circuit breaker, o índice que vence este mês chegou a bater os 10% de perda, obrigando os investidores, a partir daí, a vender os contratos neste piso (o equivalente a 47.740 pontos) ou com preços mais altos, já que não são aceitas quedas superiores a 10%.
O ritmo de baixa foi tão frenético que diversas ações entraram em leilão no meio da tarde e nenhum papel do Ibovespa operava no azul. As maiores perdas eram, às 16 horas, de Marfrig ON (-22,25%) e LLX ON (-16,25%). Nesse mesmo horário, o Ibovespa recuava 8,27%, aos 48.651,97 pontos. O giro somava R$ 7,4 bilhões, com previsão de R$ 8,62 bilhões para o final do dia. O Dow Jones recuava, no mesmo horário, 4,45%.
No mercado de juros, os contratos futuros de vencimento mais curto, como o DI de janeiro de 2012, DI de janeiro de 2013 e DI de janeiro de 2014, apresentaram forte queda e registraram volume de negócios bem acima da média para uma segunda-feira. O DI de outubro de 2011, segundo o mercado, já precifica um corte da taxa Selic na reunião deste mês. O volume de negócios dobrou em relação à sexta-feira.
O dólar à vista atingiu a máxima da sessão à tarde, de R$ 1,612 (+1,64%) ao mesmo tempo em que o Ibovespa ficava abaixo dos 48 mil pontos. Apesar de o dólar ter operado em alta o dia todo, não houve uma fuga de recursos do País, o que poderia ter ampliado muito mais a valorização da moeda e também elevado o giro financeiro, afirmaram alguns profissionais das mesas de câmbio de bancos e corretoras consultados pela Agência Estado.

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