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Economista Paul Krugman chama analistas de agência de risco de "palhaços"

O rebaixamento da nota dos Estados Unidos pela agência de classificação de riscos Standard & Poor's revoltou o economista americano Paul Krugman, que criticou duramente os analistas da agência e os classificou de "palhaços".

Professor de Princeton e colunista do "The New York Times" desde 1999, Krugman venceu o prêmio Nobel de economia em 2008 (leia as colunas de Krugman no O.J.W).

"O que será doloroso durante as próximas semanas será ouvir todas as Pessoas Muito Sérias continuarem tratando esses palhaços como se suas opiniões valessem alguma coisa", escreveu Krugman em seu blog no jornal "The New York Times".

Pela primeira vez na história, a agência Standard & Poor's rebaixou os papéis da dívida americana de AAA para AA+, em um dramático revés sem precedentes para a maior economia do mundo. Os motivos do rebaixamento foram as preocupações com o deficit orçamentário e o crescente endividamento do país.

As agências de classificação de risco, que dão notas para países, empresas e negócios, determinando sua suposta credibilidade financeira, já foram muito criticadas por terem falhado na crise global de 2008/2009.

Elas deram boas notas para operações de vendas de hipotecas imobiliárias nos EUA que afundaram bancos e investidores e geraram a grande crise financeira. Mesmo assim, o mercado ainda leva em conta suas opinões.

Tesouro dos EUA alega que houve erro de cálculo
A agência cometeu um erro de US$ 2 trilhões em seus cálculos para rebaixar de AAA a AA+ a dívida americana, segundo o Departamento do Tesouro.

Em declarações publicadas na edição digital do diário "The Wall Street Journal", um porta-voz do Departamento do Tesouro assegura que "um julgamento errado por um erro de US$ 2 trilhões fala por si só".

Segundo a versão do Tesouro, este recebeu a análise da agência de qualificação de crédito na tarde desta sexta-feira e alertou o S&P de um erro que elevava as projeções do déficit futuro em US$ 2 trilhões.

Em seu comunicado, a Standard and Poor's indicou que "o rebaixamento foi decidido porque a consolidação fiscal estipulada pelo Congresso e a Administração fica aquém da necessária para estabilizar a dinâmica da dívida do Governo a médio prazo".

Desta forma, a agência cumpriu as advertências de rebaixamento da dívida dos EUA que emitira nas últimas semanas, durante as negociações no Congresso americano para elevar o teto da dívida e evitar a temida moratória.

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