NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - Membros europeus do Conselho de Segurança da ONU suavizaram o texto de uma resolução condenando a repressão do governo sírio aos protestos da oposição, mas a Rússia disse nesta quinta-feira que não apoiará o novo documento.
Os quatro membros europeus no Conselho pretendem enviar a resolução para votação na sexta-feira. Espera-se que os Estados Unidos apoiem, disseram os enviados, apesar de sua decepção com compromissos assumidos para conseguir o apoio de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o grupo conhecido como Brics.
A última tentativa de superar as diferenças entre esses cinco países e as potências do Ocidente no Conselho acontece depois de meses de resistência dos Brics de aplicar ações severas contra a Síria, onde, segundo a Organização das Nações Unidas, cerca de 2.700 civis foram mortos na repressão.
Mas o Conselho formado por 15 nações ainda estava paralisado depois de uma reunião a portas fechadas sobre a nova resolução, o que diminui as chances de uma votação rápida.
A última versão da resolução mostrou que Grã-Bretanha, França, Alemanha e Portugal apagaram uma referência à recomendação feita pela chefe de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, de que o Conselho deveria considerar levar a repressão do governo sírio ao Tribunal Penal Internacional em Haia.
O embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, disse que as revisões não foram suficientes para satisfazer Moscou. "Não estou otimista", disse Churkin antes do encontro.
Depois da reunião, ele explicou que a Rússia se opôs a qualquer menção da possibilidade de futuras sanções da ONU contra a Síria no texto da resolução, uma retórica que o embaixador alemão, Peter Wittig, considera como "não negociável" para os europeus.
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