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Grécia reúne forças para cumprir medidas de reformas e cortes

O Governo da Grécia realizou nesta segunda-feira uma "produtiva" teleconferência com a troika de supervisores internacionais - União Europeia (UE), Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Central Europeu (BCE) - poucas horas após ter se comprometido em acelerar as reformas já aprovadas e implantar novos cortes.

Nesta terça-feira, a reunião será retomada a partir das 13h (horário de Brasília).

Com o atraso do Governo grego em cumprir as metas estipuladas, os países europeus e o Fundo Monetário Internacional (FMI) aumentaram a pressão sobre a Grécia no início da semana. Além disso, a impaciência dos credores começa ameaçar a ajuda externa.

No início de setembro, os analistas da troika crucificaram a postura da Grécia quando constataram que o Governo não tinha avançado com as reformas necessárias para sanear a economia e reduzir o déficit até 7,6% este ano.

A sociedade grega enfrenta com medo a decisão dos inspetores internacionais e suas definições, as quais podem agravar ainda mais a situação e gerar demissões em massa de servidores públicos.

Até 2015, especialistas apontam que o número de demissões alcance 100 mil funcionários, dos 750 mil existentes no país, além de enviar outros 50 mil à "reserva", uma passagem prévia antes da demissão.

Apesar das contínuas medidas anunciadas pelo Governo Grego, como a criação de um imposto imobiliário para arrecadar 2 bilhões de euros, até agora poucas medidas acabaram passando da teoria à prática.

Assim lembrou o representante permanente do FMI em Atenas, Bob Traa, ao afirmar: "A bola está no telhado grego. A aplicação é a essência. A Grécia fez importantes progressos, mas são necessárias mudanças estruturais tributárias e econômicas".

Para completar, Bob Traa lamentou o atraso do programa de privatizações, com o qual o Governo pretende arrecadar 50 bilhões de euros até 2015.

Aliás, o próprio ministro das Finanças da Grécia, Angelo Venizelos, concordou com Bob Traa ao afirmar que, graças aos cortes e as privatizações, o setor público grego possui grandes chances de arrecadar os 78 bilhões de euros até 2015.

Em resposta aos cortes e as demissões que assusta a população grega, a Confederação de Funcionários do Estado convocou os trabalhadores para uma grande manifestação nesta terça-feira, além de reafirmar o pedido de greve geral do setor público para o dia 6 de outubro.

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